sábado, 11 de dezembro de 2010

Quarta-feira - 8/12

Durante os anos de magistério vamos acumulando histórias tristes, curiosas, surpreendentes e muitas engraçadas.
Essa que irei contar foi das que se tornaram parte das conversas e brincadeiras de uma das salas do terceiro ano deste ano.
Estava eu, explicando sobre a questão do corpo e da alma, segundo Santo Agostinho, quando percebo um olhar completamente perdido, daqueles que estão indo beeeem mais distante do que o planejado.

Sempre atenta, paro a aula e pergunto:
- Joyce, você não está entendendo?
Ela responde que parcialmente, mas aqueles olhinhos distantes revelavam o que estava naquela mente. Me enchi de coragem e perguntei:
- Por algum acaso, você está imaginando que nossa alma é como um balão? Que tem o seu formato e você está segurando por um barbante?
Ela responde:
- Siiiimmm.

Desde então sempre nos tratamos de balões para cá e para lá.

O que não podia imaginar, nem mesmo esperar, seria que no dia de fazer nossa foto com os balões, teria uma grande surpresa.
Todos estavam esperando para a foto, quando perguntei sobre o meu balão, recebi das mãos da Laryssa, um balão dourado (que está bem guardado), com algumas palavras que diziam da admiração e do carinho deles.
Não chorei, pois percebi que havia cumprido minha missão de educadora, formado balões que agoram estava prontos para ganhar o céu.
Desejo que suas palavras jamais sejam esquecidas por mim, pois foram do coração de cada balão presente.
Que vocês cheguem bem alto, sempre humildes e especiais como são.
Amo vocês!

Um comentário:

  1. Foi sem dúvidas um dia magnífico.
    E pelo visto não fui o único que guardou um balão daquele dia... o meu azul está aqui em casa até hoje. O coitado tá murchando, mas tá vivo ainda. (:

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